Artista alemão Benjamin Schaefer realiza workshop de piano em Angola
Workshop Piano

No passado Sábado, 15 de Julho, realizamos nas instalações do Memorial Antonio Agostinho Neto o workshop de piano, proporcionando interacção entre o artista alemão Benjamim Schaefer e os participantes.

Workshop de Piano


O intercâmbio cultural é o nosso maior pilar e foi com grande satisfação que realizamos no passado Sábado, 15 de Julho o workshop de piano, proporcionando interacção entre o artista alemão Benjamim Schaefer e os participantes.

Este evento foi uma iniciativa da Embaixada da República Federal da Alemanha em Angola em parceria com o Goethe-institut Angola com o apoio do Memorial António Agostinho Neto.

As imagens mais bonitas
Palavras AmarElas

Aconteceu no dia 24 de setembro o evento PALAVRAS AMARELAS, um projecto que surge da necessidade de levar informação e arte no intuito de contribuir na campanha que visa a valorização da vida, prevenção ao suicídio e auxílio a sair da depressão.

O evento reuniu artistas da palavra falada (Spoken Word) e cantada (músicos), profissionais de saúde (mental).

  • Katja Keul © Goethe-Institut Luanda

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Aconteceu no dia 24 de setembro o evento PALAVRAS AMARELAS, um projecto que surge da necessidade de levar informação e arte no intuito de contribuir na campanha que visa a valorização da vida, prevenção ao suicídio e auxílio a sair da depressão.

O evento reuniu artistas da palavra falada (Spoken Word) e cantada (músicos), profissionais de saúde (mental).

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Open call
Residência Artística na Alemanha - 2024

O Art School Alliance (ASA) é um programa de intercâmbio internacional lançado em 2010 pela Universidade de Belas Artes de Hamburgo (HFBK) com o objeto de intensificar as ligações e o intercâmbio entre instituições de arte, estudantes de arte e jovens artistas de todo o mundo. . 

Duração de 5 meses (abril-agosto de 2024) na cidade de Hamburgo, o prazo de candidaturas é de 1 de outubro a 1 de novembro de 2023.

Bolsa de estudo para Aristas/Professores convidado no HFBK de Hamburgo
São elegíveis para candidatura:

- Artistas angolanos com idade entre os 25 e 38 anos;
- Artistas angolanos em ascensão que explorem e experimentem a pintura/desenho, a escultura, os meios baseados no tempo, a cenografia, a fotografia e o cinema e que estejam interessados em investigar e ensinar;
- Artistas angolanos (passaporte válido pelo menos até 2025) que residem e trabalhem atualmente em Angola e sejam capazes de comunicar a um nível excelente em inglês ou alemão.

O programa do HFBK Hamburgo e do Goethe-Institut Angola oferece:
- Alojamento gratuito em um estúdio na Residência da Art School Alliance Residency (apartamento partilhado);
- Uma bolsa para o custo de vida;
- Despesas de deslocação (Luanda - Hamburgo - Luanda) e seguro de saúde.

O artista/professor convidado da ASA será afetado a HFBK department de interesse e colaborará com estudantes e professores durante o semestre de verão de 2024. Num curso que tem o carácter de um seminário ou de um workshop, o conferencista convidado explora, em conjunto com estudantes de todos os departamentos e níveis de estudo, um campo artístico e uma prática de eleição. A participação em exposições é muito apreciada.

Para informações mais detalhadas sobre o  Artist in Residence-pages of HFBK e uma orientação mais geral sobre o Campus e as suas instalações e projectos, consulte o sítio Web da University’s website.

A bolsa tem a duração de cinco meses (entre 1 de Abril de 2024 à 31 de Agosto de 2024) e está sujeita às condições da ASA do HFBK Hamburgo e do Goethe-Institut Angola.

Processo de candidatura:
A candidatura é possível apenas por via digital e estão abertas entre de 1/10/2023 à 1/11/2023 (encerramento a meia-noite, hora de Angola). Antes de mais, é favor reunir cuidadosamente os seguintes documentos:
- CV, incluindo a sua formação académica ou prática e exposições ou projectos recentes, a sua experiência de ensino (se for caso disso), os seus dados de contacto (IMPORTANTE: não se esqueça dos seus dados de contacto como e-mail, telemóvel, etc.), data/local de nascimento, morada, etc.);
- Bilhete de identidade angolano.
- Máximo 1 página A4 na qual responde às seguintes perguntas:

1. O que gostaria de discutir e fazer na prática com os alunos do DML e porquê?
2. Conta-nos uma situação em que tenhas discutido o teu trabalho com outra pessoa (público, online, família, amigos, outros artistas...) e que desafios enfrentaste?
3. O que é que achas que podes ganhar com este programa e com o intercâmbio internacional e como é que levarias isso de volta para Angola?
- Portfólio do teu trabalho (com 15 trabalhos recentes).
Converta todos os documentos num único PDF com um tamanho máximo de 10 MB, exatamente pela ordem descrita acima. Dê um nome ao PDF de acordo com o seguinte esquema:
MeuSobrenome_MeuPrimeiroNome.pdf -> por exemplo: Lueji_Weza.pdf

Carregue o seu PDF aqui:

O carregamento é rápido e fácil - foi bem sucedido se não receber uma mensagem de erro. Não receberá uma mensagem eletrónica de confirmação separada.

O processo de seleção decorre até ao início de Janeiro de 2024.
Em caso de dúvidas, contactar ngoi.salucombo@goethe.de e manuel.kiala.extern@goethe.de.
Tell. +244 921733134.

 

Workshop de BD no Goethe-Institut Gana
Africomics - Edição Accra

Neste momento em Accra encontram-se os vencedores da edição Luanda do nosso projecto AFRICOMICS, Nza Costa und Manuel Kiala Afonso, desfrutando de um intercâmbio com outros artistas da região. Estão a trabalhar num conceito para um BD de super-heróis africanos dentro de uma África nunca colonizada, bebendo da experiência e profissionais na área com o intuito de trazerem para casa o produto final desta semana de trabalho.Enviaram-nos algumas fotografias da oficina em Acra.

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

  • Africomics Accra © Goethe-Institut Ghana

Sobre o Africomics

Artistas de 14 países africanos reúnem-se em workshops e criam juntos um novo mundo (de BD)! Descubra novas perspetivas, aprenda mais sobre a arte cómica da Banda Desenhada africana em vídeos e acompanhe a criação de novas estórias!

Evento no Hotel Globo em Fotos
Encerramento do Ateliê Mutamba 2022

Aconteceu na quinta-feira, dia 30 de Junho de 2022, o encerramento oficial da edição inaugural do Ateliê Mutamba, uma residência de arte vídeo.

  • Ateliê Mutamba 1 Foto: Ery Claver © Ateliê Mutamba

    Screenshot da curta "Luanda Azul"

  • Ateliê Mutamba 2 Foto: Ery Claver © Ateliê Mutamba

    Screenshot da curta "Museu de Manifestação"

  • Ateliê Mutamba 3 Foto: Ery Claver © Ateliê Mutamba

    Screenshot da curta "Lola e Mami"

  • Ateliê Mutamba 4 Foto: Ildo Espinha © Portal Bateu Bwé

  • Ateliê Mutamba 5 Foto: Ildo Espinha @ Portal Bateau Bwé

  • Ateliê Mutamba 6 Foto: Ildo Espinha © Portal Bateu Bwé

  • Ateliê Mutamba 7 Foto: Ildo Espinha © Portal Bateu Bwé

  • Ateliê Mutamba 8 Foto: Ildo Espinha © Portal Bateu Bwé

  • Ateliê Mutamba 9 Foto: Ery Claver © Ateliê Mutamba

    Screenshot da curta "Luanda Azul"

  • Ateliê Mutamba 10 Foto: Ery Claver © Ateliê Mutamba

    Screenshot da curta "Luanda Azul"

  • Ateliê Mutamba 11 Foto: Ildo Espinha © Portal Bateu Bwé

No terraço do Hotel Globo, transformado em sala para cinema, conversas e outros eventos, foram apresentados os resultados da primeira edição do programa de residência artística:

As curtas-metragens produzidas pelos artistas participantes foram exibidas em três sessões: O Museu das Manifestações de Irene A'mosi, Lola e Mami - um fragmento de amor de Resem Verkrom e Azul Luanda de Gegé Mbakudi. Ao longo da noite quase 500 pessoas circularam no Hotel Globo.

Gostaríamos de pedir desculpa a todos que não conseguiram aceder ao espaço ou assistir aos filmes!

Sobre o Aleliê Mutamba

O Ateliê Mutamba é uma residência de arte vídeo, realizada de KinoYetu em parceria com o Goethe-Institut Angola. Com a curadoria de Ery Cláver, coordenação de Orlando Sérgio e consultoria de Kiluanji Kia Henda e Rómulo Peixoto, a primeira edição do evento foi produzida de Lwana Bartolomeu.

A oficina em imagens
Como seria uma África nunca colonizada?

A nossa oficina de banda desenhada concluiu no dia 22 de Setembro de 2021 com a selecção dos melhores desenhos. Estes estarão expostos na nossa exposição sobre Henrique Abranches no MAAN a partir de 11 de Outubro.

  • Oficina Africomics01 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Oficina Africomics02 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O workshop teve lugar no MAAN de 20 a 22 de Setembro de 2021....

  • Oficina Africomics03 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    ...sob o lema: Como seria uma África nunca colonizada?

  • Oficina Africomics04 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Delfina Bastos de Olindomar dirigiu o evento durante os três dias da oficina.

  • Oficina Africomics05 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O nosso colega Arno Holl tinha tomado conta da organização, juntamente com Allícia Santos.

  • Oficina Africomics06 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Oficina Africomics07 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Oficina Africomics08 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Oficina Africomics09 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Oficina Africomics10 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Oficina Africomics11 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Houve também palestras para inspirar os participantes. O grande Sérgio Piçarra juntou-se via Zoom como também, da Alemanha, o conhecido artista de banda desenhada Reinhard Kleist. Na foto vemos o artista de palavra falada, Fernando Carlos.

  • Oficina Africomics12 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Lito Silva esteve presente e também constituiu um dos três membros do nosso júri.

  • Oficina Africomics13 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Oficina Africomics14 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O nosso júri: Eliane Alves, Kamy Lama e Lito Silva

  • Oficina Africomics15 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O júri em acção.

  • Oficina Africomics16 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Enquanto a decisão está a ser tomada, a cerimónia de entrega de prémios já tá quase:

  • Oficina Africomics17 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Quer seja participante ou orador, todos recebem um certificado.

  • Oficina Africomics18 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O terceiro lugar foi para Fábio Neves e Caetano de Carvalho...

  • Oficina Africomics19 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    ...em segundo lugar: Anita Sambanje e Manuel Kiala Afonso...

  • Oficina Africomics20 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    ...e a nossa equipa vencedora: Nza Ferreira e Kiala Miguel. Representarão Angola no grande concurso AfriComics em Acra. Parabéns a todos os vencedores e um grande obrigado a todos!

  • Oficina Africomics21 Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

Festival de Cinema Científico para para crianças e jovens
O Science Film Festival Luanda em imagens

Science Film Festival Luanda 2021
Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

De 27 de Outubro a 4 de Novembro de 2021, o Goethe-Institut Angola trouxe pela primeira vez a Angola o Festival Internacional de Cinema Científico para crianças e jovens.

Juntamente com os nossos dois parceiros do projecto, o Museu Nacional de História Natural e o ANIM'ART - Centro de Animação Artística do Cazenga, mostrámos filmes internacionais com conteúdo científico para crianças e jovens em dois locais diferentes da cidade. Entre eles estava a curta-metragem angolana A Mosquita Fobada, especialmente produzida pela 9Films, que teve a sua estreia no festival.

Contra o pano de fundo da pandemia, só classes escolares registadas foram o nosso público este ano. As crianças e os jovens participantes também foram tratados por um programa de acompanhamento abrangente - e assim obtiveram várias horas de ciência, filmes e diversão. Devido ao grande sucesso, estamos a planear uma repetição do Science Film Festival no próximo ano e queremos abri-lo a um público mais abrangente. Mas por agora, aqui estão as melhores fotografias deste ano:
 

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Um dos dois locais do festival: ANIM'ART- Centro de Animação Artistica do Cazenga.

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Imisi de Almeida moderou e concebeu o programa.

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    No outro local, o Museu Nacional de História Natural, o pessoal do museu organizou um excitante programa de acompanhamento.

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    A estreia mundial do festival: A Mosquita Fobada da 9Films

  • Science Film Festival Luanda Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

Arte sustentável no Sambizanga
Ame o lugar onde vive!

Ame o lugar onde vive
Foto: Sacerdote

Num projecto conjunto com Animar Angola , apoiámos a realização dum novo muro para a Escola Primária N° 1137 JOTA no Sambizanga. Sob o lema "Ame o lugar onde vive - sustentabilidade no Sambizanga", o artista Tho Simões criou uma verdadeira obra de arte a partir da parede cinzenta - juntamente com as crianças da escola! Na sexta-feira, 10 de Setembro, a obra foi revelada após uma última intervenção dos artistas. Houve também uma pequena surpresa para os pintores mais ávidos!

  • Ame o lugar onde vive Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Allícia Santos © Goethe-Institut Angola

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

  • Ame o lugar onde vive Foto: Sacerdote

Sound Connects Fund
Music In Africa e Goethe-Institut lançam fundo para criativos

O novo Sound Connects Fund
© Goethe-Institut e.V.

A Fundação Music In Africa (MIAF), em parceria com o Goethe-Institut, lançou um programa de financiamento de 4 milhões de euros destinado a apoiar os criativos na África Austral.

Operando sob a bandeira "ACP-EU Culture Programme (Southern Africa) - Sound Connects Fund", a iniciativa é possível com o financiamento do Programa Cultura ACP-UE, um projecto implementado pelo Grupo de Estados de África, Caraíbas e Pacífico (ACP) e financiado pela União Europeia (UE). O programa é co-financiado pelo Goethe-Institut.

O Sound Connects Fund é uma iniciativa multifacetada que visa acelerar o desenvolvimento e aumentar a capacidade dos sectores culturais e criativos na África Austral. De 2021 a 2024, o fundo concederá subvenções no valor de 2 850 000 euros e oferecerá um sólido programa de desenvolvimento de capacidades (no valor de 570 000 euros) a organizações industriais criativas e culturais elegíveis em nove países da SADC; Angola, Botswana, eSwatini, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, Zâmbia, e Zimbabué.

O Fundo Sound Connect é implementado pelo MIAF em parceria com o Goethe-Institut África do Sul. Outra patrocinadora é a Siemens Stiftung, um parceiro fundador do MIAF.

"O ACP-EU Culture Programme (Southern Africa) - Sound Connects Fund é uma iniciativa incrivelmente crucial que fará uma enorme diferença nas indústrias criativas da África Austral. Apelamos a todas as organizações elegíveis para que aproveitem esta oportunidade e proponham programas sustentáveis que estejam alinhados com os objectivos claros desta iniciativa", diz Eddie Hatitye, director do MIAF.

"O Goethe-Institut orgulha-se de ser um parceiro motor deste projecto, juntamente com o MIAF", diz Klaus Krischok, Director Regional do Goethe-Institut na África Subsaariana. "Sound Connects tem como objectivo alcançar iniciativas culturais e criativas progressivas em nove países da África Austral. A iniciativa conjunta é mais relevante do que nunca em tempos em que as artes e a cultura estão sob coacção".

Múltiplas disciplinas e áreas-chave de enfoque

Utilizando o tema do som como um forte factor de ligação entre as indústrias criativas da região, o fundo apoiará múltiplas disciplinas incluindo, mas não se limitando aos sectores das artes performativas, animação, cinema, jogos, fotografia, videografia e artes visuais.

A iniciativa procurará apoiar estrategicamente projectos e actividades que
  1. facilitem a rápida produção e distribuição de bens de alta qualidade dentro e fora da região;
  2. aumentem as capacidades entre os profissionais;
  3. apoiem a rápida mobilidade e intercâmbio entre os criadores;
  4. melhorem o acesso a novos mercados;
  5. desenvolvam a literacia visual (especialmente entre grupos sub-representados);
  6. promovam a advocacia com vista a proteger os interesses dos criadores e
  7. apoiem a existência de estruturas de financiamento sustentáveis.

Candidaturas

Os convites para candidaturas serão anunciados anualmente através do portal Music In Africa. Serão concedidas pelo menos 35 bolsas entre 2021 e 2024. As subvenções variarão entre 35 000 e 180 000 euros.

As organizações elegíveis incluem organizações artísticas, instituições de ensino, associações, organismos industriais, centros e incubadoras, empresas de comunicação social, sociedade civil e outras entidades registadas relevantes.

O primeiro convite à apresentação de pedidos de subvenção abriu a 17 de Junho de 2021 e encerrará à meia-noite de domingo, 25 de Julho de 2021. O segundo e terceiro convites à apresentação de pedidos de subvenção estão agendados para 2022. Para mais informações sobre candidaturas visite o website www.musicinafrica.net/scf

O som liga-nos

A música e o som são uma linguagem universal que tem ligado pessoas e comunidades a nível mundial há séculos. É evidente que no vibrante sector cultural da África Austral, a música é uma força significativa que se liga e coexiste dentro de uma vasta gama de formas de arte, desempenhando nalguns casos um papel central em campos como a dança, teatro, vídeo, jogos, cinema, moda e indústrias relacionadas.

O nome e o foco do projecto são influenciados por esta realidade. Além disso, o nome fala da visão global do projecto, que é definir o som como uma força de ligação para a indústria criativa na África Austral - que é dinâmica, vibrante, e ruidosamente ouvida e vista globalmente.

Os requerentes de subvenções serão, portanto, desafiados a olhar para o som não só em relação à música mas também em sectores relacionados, tais como o som em jogos de vídeo e filmes de animação, som em artes audiovisuais, som como um aspecto de apoio da indústria da moda (por exemplo, desfiles de moda) e som no sector criativo digital.

Candidate-se agora online: bit.ly/SCFApplyHere
Para mais informações sobre o Fundo Sound Connects, visite www.musicinafrica.net/scf ou envie-nos um e-mail para scf@musicinafrica.net, ou ligue para +27 (0)10 140 1317.

Sustainable Together
Boostcamp 2021 - Aqui estão os premiados!

Boostcamp Luanda 2021
Foto: Dralton Máquina © Goethe-Insititut Angola

De 16 a 18 de Junho de 2021, o Goethe-Institut Angola convidou activistas ambientais, artistas, cientistas e todas as pessoas interessadas em ecologia e sustentabilidade para uma oficina criativa.

No "Boostcamp de Sustentabilidade Ambiental 2021" os participantes têm desenvolvido em grupos projectos de ambiente e sustentabilidade inovadores. Era importante a possibilidade de implementar os projectos na realidade cotidiana local – seja num bairro, num local de trabalho ou numa associação.

  • Os participantes do Boostcamp 2021. Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Os participantes do Boostcamp 2021.

  • O primeiro lugar foi atribuído a "Queimadas Zero". Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O primeiro lugar foi atribuído a "Queimadas Zero".

  • Em 2º lugar: "Selo Muxi". Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    Em 2º lugar: "Selo Muxi".

  • E "Trash Business" no número 3 - parabéns! Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    E "Trash Business" no número 3 - parabéns!

  • O nosso júri: João Manoel Serôdio, Adjany Costa, Cecília Bernardo, Érica Tavares e Lueji Pestana. Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O nosso júri: João Manoel Serôdio, Adjany Costa, Cecília Bernardo, Érica Tavares e Lueji Pestana.

  • O nosso júri: João Manoel Serôdio, Adjany Costa, Cecília Bernardo, Érica Tavares e Lueji Pestana. Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O nosso júri: João Manoel Serôdio, Adjany Costa, Cecília Bernardo, Érica Tavares e Lueji Pestana.

  • A decisão não foi fácil e foi discutida de forma intensiva. Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    A decisão não foi fácil e foi discutida de forma intensiva.

  • O Boostcamp foi dirigido por Imisis de Almeida... Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    O Boostcamp foi dirigido por Imisis de Almeida...

  • ...e co-moderado pela Directora do Goethe-Institut Angola, Gabriele Stiller-Kern. Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    ...e co-moderado pela Directora do Goethe-Institut Angola, Gabriele Stiller-Kern.

  • No final, houve aplausos da audiência.... Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    No final, houve aplausos da audiência....

  • ... e muita alegria no palco! Foto: Dralton Máquina © Goethe-Institut Angola

    ... e muita alegria no palco!

Um júri de peritos (João Manoel Serôdio, Adjany Costa, Cecília Bernardo, Érica Tavares e Lueji Pestana) seleccionou os três projectos vencedores na sexta-feira:

O primeiro lugar foi para o grupo do projecto "Queimadas Zero", que visa abrir novos caminhos na luta contra a incineração de resíduos. A equipa receberá 800.000 AOA em dinheiro de prémio para implementar o projecto.

O segundo lugar foi para "Selo Muxi", um projecto que visa encorajar os restaurantes de take-away a eliminar o alumínio e o plástico. O grupo receberá 600.000 AOA.

O terceiro lugar vai para "Trash Business", que visa desenvolver uma aplicação para ensinar as pessoas sobre os três pilares da sustentabilidade: Ambiente - Economia e Sociedade. A aplicação será baseada no método Kwenda 3R's e será financiado com 400.000 AOA.

O dinheiro dos prémios será desembolsado em três fases (uma parcela cada no início do projecto, na implementação e na conclusão). Para uma realização bem sucedida, todos os projectos serão acompanhados desde a sua elaboração até à sua implementação pelos peritos ambientais angolanos Érica Tavares da EcoAngola e Adilson Dala da Associação Menos Lixo.

O projecto foi planeado e financiado pelo Goethe-Institut Angola no âmbito da iniciativa SUSTAINABLE TOGETHER e implementado em conjunto com o Elinga Teatro. O Boostcamp 2021 foi coordenado e gerido por Imisi de Almeida.

Projecto para artistas de banda desenhada
AfriComics

Africomics Angola
Novo projecto regional de banda desenhada | © Estúdio Olindomar, edição: Iris Buchholz Chocolate

O Goethe-Institut na África Subsariana quer promover a banda desenhada/graphic novels como meio de expressão artística, social e cultural. Para este fim estamos a planejar workshops com artistas de banda desenhada tanto africanos quanto alemães, e também uma publicação.

O projecto regional "AfriComics" conta com a participação de 11 países da região - incluindo Angola. O tema fundamental é a vivência cotidiana nos respectivos países, reflectida através da banda desenhada.

Porém, devido à pandemia do Covid-19, por enquanto não poderemos realizar encontros físicos. Por isso queremos primeiramente criar uma videoteca que servirá para a preparação individual de participantes de workshops futuros.

Como nossa contribuição para o projecto, o Goethe-Institut Angola convida artistas para enviarem ideias para vídeos curtos (10min) sobre a banda desenhada em Angola. Possíveis temas são:

  1. a história da cena da banda desenhada
  2. ferramentas e técnicas de produção de banda desenhada
  3. formas de publicação / comercialização
  4. retratos de artistas individuais ou colectivos
As três melhores submissões serão escolhidas por um júri. Depois, os autores das submissões selecionadas receberão mais informação sobre possíveis formatos, taxas, prazos etc.

As ideias devem ser submetidas num único documento PDF para o Goethe-Institut Angola: Arno.holl@goethe.de

O prazo para submissões é o 07.03.2021.

Dia da Unidade Alemã: Concurso de fotografia
Momentos

Por ocasião do Dia da Unidade Alemã e sob o lema “lembro-me desse momento” tinhamos procurados, em conjunto com a Embaixada Alemã, fotografias bonitas e interessantes, que mostram a a vida quotidiana de Angolanos na Alemanha. Aqui estão as quatro fotografias vencedoras.

  • EuR Foto: Eugénia Rita

    Primeiro lugar: Eugénia Rita, A Queda do Muro, Berlim 1989.

  • MNZ Foto: Mussunda N‘Zombo

    Segundo lugar (a): Mussunda N‘Zombo, Mussunda deita-se no banco, Floresta Negra 2000.

  • KMx Foto: Kady Mixinge

    Segundo lugar (b): Kady Mixinge, Memorial do Holocausto / Ver através das fendas na parede, Berlim.

  • AMr Foto: Alda Marcal

    Terceiro lugar: Alda Marcal, Laboratório de química, Merseburg 1992.

Podcast com Victor Gama
Ressonâncias em diálogo

ReD
Ressonâncias em Diálogo” | @ African Mobilities 2.0

Uma colaboração entre African Mobilities 2.0 + [parenthesis]
em parceria com o Goethe-Institut, Angola

Luanda, Praia, Lisboa, Recife

Data: 28 de Agosto de 2020
Hora: Luanda (Angola): 18h00
 
Local/plataforma:
https://www.facebook.com/Africanmobilities
https://www.facebook.com/parenthesis.art.space.dialogues


“Ressonâncias em Diálogo” comissariado por Cesar Schofield Cardoso e Patti Anahory [parenthesis] em colaboração com African Mobilities 2.0 e em parceria com o Goethe-Institut Angola propõe que se analise a forma como a música viaja, reconfigura-se e cria novos significados em espaços novos, num movimento dialético permanente, construindo novas paisagens sonoras, no contexto das migrações, como cultura expressiva individual e colectiva.

“Ressonâncias em Diálogo” desenvolve uma paisagem sonora como contra-cartografia que liga Luanda, Praia, Lisboa e Recife, traçando fluxos culturais através da circulação de tradições musicais partilhadas. Através da prática de chamada e resposta que suscita um pronunciamento espontâneo num encontro de improvisações e reverberações através de geografias, ligando pessoas, histórias, línguas e lugares, África e as suas diásporas.
 

Participantes

Victor Gama, Angola, Bélgica
Nascido em Angola, o seu trabalho como compositor aprofunda o potencial de transformação para além das estruturas da tradição. Gama compõe utilizando um método que chama "os Modos Golianos", onde a construção do instrumento é introduzida no processo de escrita. Licenciado em Engenharia Electrónica e Mestre em Organologia e Tecnologia Musical pelo Sir John Cass College of Art, Architecture and Design da Universidade Metropolitana de Londres, Gama foi artista convidado no Centro de Investigação Informática em Música e Acústica da Universidade de Stanford e no MIT Center for Arts Science and Technology. www.victorgama.org/

Alcides Lopes, Cabo Verde, Brasil, Lisboa
Licenciado em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (2006), Mestre em Antropologia pela UFPE (2015) e Doutor em Antropologia pela UFPE (2020), trabalhou como professor no Departamento de Música da Universidade Pública de Cabo Verde (2011-2012). É investigador no Laboratório de Estudos Avançados em Cultura Contemporânea (LEC) e no projecto Oservamus with the Africas. Os seus temas de investigação são globalização e modernidade em África / narrativas neoliberais e ligações transnacionais / afrofuturismo / arte e ressonâncias sónicas / descolonização de museus.
 
César Schofield Cardoso, Cabo Verde
Fotógrafo, videógrafo e programador de software. O seu trabalho actual preocupa-se com a condição pós-colonial de Cabo Verde, um minúsculo país africano, extremamente vulnerável a factores ambientais, sociais, políticos e económicos. Explora o espaço Web como um canal, uma linguagem e uma metáfora para questões sociais e políticas.
 
Danykas DJ, Lisboa, Cabo Verde
Danykas nasceu em Lisboa. Após anos de experiências no seu quarto, recebeu o seu primeiro convite para se apresentar publicamente em 2015 como parte do projecto ROOM SYSTEM. Uma oportunidade para expressar a sua paixão e tentar penetrar profundamente no espírito do público através da música.
www.instagram.com/danykasdj/?hl=en

Oficina para documentaristas
„Quem me garante que um destes não seja um parente meu?“

GLT
A foto descrita (detalhe). | Foto: George Leuzinger/ Coleção Gilberto Ferrez/ Acervo Instituto Moreira Salles, © IMS

Um relatório de Viola Scheuerer e Roberto Manhães Reis

Uma fotografia em preto e branco mostra pessoas negras em frente a uma casa de fazenda. Dois homens seguram ferramentas de trabalho. Grãos de café secam no terreiro. Crianças estão sentadas no chão, ao lado de uma mulher, que carrega um bebê nas costas. Uma jovem cuida de um menino branco, que está em cima de um triciclo. Todos têm a cabeça inclinada para o solo, com exceção do menino, que olha diretamente para a câmera. Na legenda está escrito: Fazenda de Quititi, Jacarepaguá, Rio de Janeiro, George Leuzinger, c. 1865.

A fotografia foi tirada numa época em que a sociedade e a economia brasileira estavam baseadas na escravidão. Hoje, a imagem causa dor e revolta. Ela é um documento visual, que nos confronta com a existência da sociedade escravocrata e com a nossa ignorância quanto à vida de milhares de africanos e seus descendentes. No século 19, a imagem foi propositadamente encenada para mostrar prosperidade e propriedade. Não foi feita para nós, no século 21, que entendemos essa história de outra maneira. A fotografia não foi feita para Samaritano de Luanda, que faz a pergunta no título deste texto.

Com esta e outras fotos históricas na bagagem, viajamos para Luanda, a fim de realizar a oficina “Revisitar o Passado, Entender o Presente”. Durante uma semana, pensamos juntos com artistas visuais, historiadores, antropólogos, documentaristas e estudantes angolanos em como trabalhar com fotografias históricas no filme documentário. Começamos por analisar textos teóricos e exemplos de filmes, para, em seguida, fazermos nossas próprias experiências em exercícios práticos.

WG2
Os participantes do workshop discutem uma fotografia. | © VIROfilm
Como as fotografias históricas (no contexto colonial e de escravização) poderiam se tornar um ponto de partida para as nossas histórias? Elas poderiam reavivar memórias e tradições interrompidas? Poderiam questionar as nossas percepções hoje? Poderíamos decolonizar fotografias coloniais? Nós nos despedimos da perspectiva do fotógrafo e focamos numa possível perspectiva das pessoas representadas na foto. Recriamos aquele momento. Tentamos imaginar o que aconteceu antes e depois do “clique”. O que está implícito na imagem?

Com esta abordagem, visitamos o arquivo fotográfico do Museu de Antropologia em Luanda. Cada participante escolheu – entre slides, negativos e ampliações – uma imagem para ser trabalhada. As fotos foram o ponto de partida para 12 curtas-metragens que surpreenderam a todos. Eles foram projetados numa sala de cinema no último dia da oficina.
© VIROfilm

O filme do Sacerdote serve aqui como exemplo: no canto superior direito da tela aparecem mãos estendidas no ar. Uma voz pergunta: “É uma festa?” Linhas brancas percorrem a tela escura. Na parte inferior surgem pés que sugerem uma dança. “Sim. É uma festa!” As linhas dividem em diferentes espaços a imagem, que, como num quebra-cabeças, se revela aos poucos ao público. Duas mulheres em uniforme atuam para uma plateia atenta, “que acompanhou as passadas, esqueceu o passado depois da fezada”. Corte para a legenda da fotografia: peça de teatro "História de Angola", cena: Conferência de Berlim (1884).

arrecadar fundos com fotografias
Familiy Matters

No início do ano, a Fábrica Catchupa outra vez quis convidar artistas para uma residência em Cabo Verde. Devido ao Covid-19, teve de ser cancelado. Em vez disso, a Fábrica Catchupa apresenta agora a sua plataforma online "Family Matters" (Assuntos de Família). Foram apoiados por vários parceiros, tais como a Fundação Calouste Gulbenkian e, claro, o Goethe-Institut Angola.

  • BdS © 2018 Bruno Carlos, Angola

    Bruno Carlos Caluna dos Santos, Angola

  • CRS © 2017 Carla Rebelo, São Tomé e Príncipe

    Carla Rebelo, São Tomé e Príncipe

  • CSC © 2019 César Schofield Cardoso, Cabo Verde

    César Schofield Cardoso, Cabo Verde

  • DAM © 2019 David Aguacheiro, Mozambique

    David Aguacheiro, Mozambique

  • FCA © 2019 Flávio Cardoso, Angola

    Flávio Cardoso, Angola

  • HSS © 2017 Herberto Smith, São Tomé e Príncipe / Portugal

    Herberto Smith, São Tomé e Príncipe / Portugal

  • IMA © 2020 Indira Mateta, Angola

    Indira Mateta, Angola

  • KBC © 2019 Kitty Blunt, Cabo Verde

    Kitty Blunt, Cabo Verde

  • NdP © 2020 Nuno de Pina, Cabo Verde

    Nuno de Pina, Cabo Verde

  • NSM © 2019 Nuno Silas, Mozambique / Alemanha

    Nuno Silas, Mozambique / Alemanha

  • OMC © 2020 Odair Monteiro, Cabo Verde / Portugal

    Odair Monteiro, Cabo Verde / Portugal

  • QFC © 2018 Queila Fernandes, Cabo Verde

    Queila Fernandes, Cabo Verde

  • RSA © 2017 Rui Sérgio Afonso, Angola / Portugal

    Rui Sérgio Afonso, Angola / Portugal

  • TCV © 2019 Tozat, Cabo Verde

    Tozat, Cabo Verde

  • ZCU © 2016 Zalikah, Cabo Verde / USA

    Zalikah, Cabo Verde / USA

  • SYR © 2018 Sofia Yala Rodrigues, Angola / Portugal

    Sofia Yala Rodrigues, Angola / Portugal


Como muitas organizações e indivíduos em todo o mundo, o impacto do Covid-19 proporcionou um momento de reflexão e obrigou a Catchupa Factory a reinventar uma forma para abordar a fotografia e, em particular, a educação fotográfica.
Foi neste contexto que surgiu a iniciativa "Family Matters". Desde a sua primeira edição, os participantes da residência Fábrica Catchupa têm-se empenhado como uma família. A ideia do colectivo tem sido um dos valores mais fortes da Catchupa Factory e o trabalho em colaboração (mesmo que à distância) tornou-se mais relevante do que nunca.

A plataforma "Family Matters" destina-se a reforçar a visibilidade e destacar o talento destes artistas emergentes e em início de carreira, ao mesmo tempo que proporciona um apoio imediato neste período de crise social e económica. No website do projecto, em forma de galeria digital, impressões de fotografias de vários artistas podem ser adquiridas a um preço justo.Todas as receitas das vendas serão canalizadas para um fundo de emergência que será distribuído igualmente entre todos os participantes.

Esta campanha de angariação de fundos de venda impressa destina-se a libertar apoio imediato aos artistas e fotógrafos envolvidos. O preço das gravuras foi tornado bastante acessível para encorajar as vendas e tornar o projecto acessível a um público tão vasto quanto possível. O projecto quer também encorajar coleccionadores novos e emergentes a envolverem-se com a fotografia africana contemporânea.

Todas as informações sobre artistas, imagens e preços na página web do projecto.

Três contos infantis
Histórias Kambutas

História Kambuta de Mia Couto
A nova História Kambuta de Mia Couto, Thó Simões e Iris Buchholz Chocolate | Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

​A partir de hoje, leitores, jovens e já mais velhos, podem baixar aqui gratuitamente três novos livros infantis da Cynthia Perez, do José Eduardo Agualusa e do Mia Couto.

A heroína da história da Cynthia Perez, "Kambuta Grande", é uma menina bem baixinha, que chama-se Bela. Ela não tem só um super-poder, mais também um coração grande. A história do Mia Couto, "O Rio Infinito", é inspirada em uma lenda africana e versa sobre o poder e a magia da arte. Em "A Concha Mágica" o José Eduardo Agualusa conta sobre Nketa, que anpanhou um terrível susto quando chegou a primeira menstruação.
 
Todos os livros são lindamente ilustrados e serão impressos em quantidades de até 1.000 cópias nas próximas semanas, distribuídos gratuitamente para bibliotecas e centros culturais e apresentados numa caravana de leituras. Uma revista digital poderá imprimir, traduzir e distribuir os livros livremente.
 
Os três livros infantis são o resultado do evento "Histórias Kambutas" em Luanda, para o qual o Goethe-Institut em parceria com o colectivo cultural Pés Descalços em Abril deste ano convidou a participar os três escritores José Eduardo Agualusa, Mia Couta e Cynthia Perez, os ilustradores Danuta Wojciechowska, Tché Gourgel e Thó Simões e as designers Iris Buchholz Chocolate , Lauretta Geraldo e Manuela Lima.
 
"Histórias Kambutas" é um projecto baseado na ideia original do "Book Dash" que é realizado na África do Sul. O projecto tem como objectivo a criação de livros com histórias infantis enquadradas na realidade local, a partir de uma maratona de 12 horas de trabalho, onde no mesmo espaço 3 equipas constituídas cada por um escritor, um ilustrador e designer gráfico criem e desenvolvam o seu projecto para um livro com uma história para crianças. Em Angola o projecto denomina-se Histórias Kambutas.


Cynthia Perez: Kambuta Grande

Cynthia Perez: Kambuta Grande | © gemeinfrei










Plataforma da música em África
Music in Africa

A plataforma “Music in Africa” pretende ser a primeira escolha para quem anda em busca de informação
Fotografia: Goethe-Institut Joanesburgo / Jabu Nkosi

Music in Africa é uma plataforma da Internet dedicada ao sector musical africano, orientada para a informação e o intercâmbio. Iniciado pela Siemens Stiftung e pelo Goethe-Institut em conjunto com parceiros locais, o projecto pretende tornar-se a principal fonte de informação sobre e para o sector musical africano. Este ano estamos a participar com uma série de contribuições de músicos, jornalistas e investigadores culturais angolanos.
 

A Plataforma

Em conjunto com a Fundação Siemens Stiftung e parceiros de toda a África, o Goethe-Institut promove a visão do Goethe-Institut de ser a principal fonte de informação na e para a indústria musical africana.
Music in Africa (MIA) é o portal de informação de crescimento mais rápido para o sector musical em África e como tal alcança milhares de pessoas todos os dias. Uma iniciativa sem fins lucrativos, a missão da Music In Africa é apoiar o sector musical africano através da troca de informação e colaboração. Com acesso a experientes jornalistas de música e investigadores de todo o mundo, Music In Africa oferece uma selecção única de informação valiosa sobre o sector. As principais áreas de conteúdo incluem um directório de milhares de profissionais que trabalham no sector, incluindo músicos, investidores, empresas discográficas, gestores e editores, e uma secção de revistas com conteúdos dinâmicos, tais como notícias, panorâmicas das cenas musicais africanas, artigos em destaque, críticas e um guia para concertos ao vivo. Há também uma secção de recursos com ferramentas práticas para profissionais de música e uma secção com tutoriais de alta qualidade e outros conteúdos educativos. Music In Africa publica conteúdo em francês e inglês.
 

TODOS PODEM CONTRIBUIR

Como um portal orientado para a comunidade, Music In Africa oferece ferramentas inovadoras que permitem a todos os utilizadores publicar artigos e moderar conteúdos de forma profissional. Músicos e productores podem criar e carregar seus próprios perfis. No entanto, Music in Africa não é apenas para profissionais da música, mas para todos os interessados no sector musical africano. Qualquer pessoa que queira contribuir pode se registrar e criar conteúdo para o site.
 

A FUNDAÇÃO E OS PROJECTOS OFF-LINE

A iniciativa Music In Africa levou à criação da Fundação Music In Africa (MIAF), uma organização pan-africana com escritórios no Quénia, Nigéria, África do Sul, República Democrática do Congo e Senegal. A MIAF foi criada em 2013 e registada como uma organização sem fins lucrativos em 2014. Os seus membros são principalmente profissionais da música, organizações e empresas activamente envolvidas na indústria musical africana. Para além do portal Music In Africa, a fundação gere vários projectos de desenvolvimento offline, tais como a fabricação e reparação de instrumentos, a conferência de música ACCES, programas de mentoria, financiamento da mobilidade dos artistas, lobbying, conferências e outras iniciativas relacionadas. 
 

Galeria de imagens
Histórias Kambutas

As fotos mais bonitas do nosso projeto "Histórias Kambutas"

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Ngoi Salucombo, © Ngoi Salucombo

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

  • Kambutas Foto: Dralton Máquina, © Goethe-Institut Angola

Family Affairs: famílias em mudança

As convulsões globais afectam as famílias africanas. A migração dilacera as famílias e cria novas famílias transnacionais. As distâncias reduzem o sentido de responsabilidade pelo parentesco.

"Não vou para casa no Natal deste ano. Está a ficar demasiado caro para mim para sustentar toda a gente.Os meus próprios filhos aqui também têm direitos". Já não se pode considerar como certo que uma pessoa com um rendimento fixo sustenta parentes distantes em necessidade. "Black Tax. Burden or Ubuntu?" (Imposto Negro. Carga ou Ubuntu?), uma coleção de relatórios de campo publicados pelo Niq Mhlongo chegou à lista de best-sellers da África do Sul e em breve será transformada em filme.
 
"Ubuntu" significa "humanidade" nas línguas Nguni da África Austral. Ela expressa que uma pessoa só se torna um ser humano através dos outros. Este ideal está cada vez mais comprometido porque a coesão nas famílias está diminuindo. E porque a necessidade é crescente - devido ao desemprego, à dispendiosa educação, às desvantagens económicas estruturais dos tempos coloniais e do apartheid, por exemplo, devido ao roubo de terras e à expulsão. 
 
Em 2020, nove filiais do Goethe-Institut na região da África Subsaariana, estão a recolher histórias de cinco constelações familiares diferentes. Estes serão contados em forma de filmes, peças de áudio ou textos na perspectiva da primeira pessoa. Todas as 45 histórias familiares serão documentadas digitalmente e uma seleção delas será apresentada em uma exposição. A história visual da família também entra aqui em jogo: peças familiares do quotidiano que têm sido transmitidas através de gerações e assim se tornaram emocionalmente significativas (um recipiente, uma peça de roupa, um banco, fotografias instantâneas ou fotos de casamento).  
 
Se olharmos para os países a sul do Saara, vemos grandes diferenças. Em um país há homoparentalidade, no outro país os LGBTIQ são criminalizados. Os governos intervêm mais ou menos nas estruturas familiares: Num país, o estado obriga os casais não casados a casarem-se após dois anos de vida em comum; a lei da propriedade e da herança para famílias polígamas é em parte regulada pelo Estado, em parte deixada à respectiva tradição; a idade mínima no casamento e as medidas de planeamento familiar são tratadas de forma diferente.
 
Há também semelhanças entre os países: A família não se limita a parentes de sangue e sogros, mas está aberta a novos membros com base na simpatia e na necessidade. Passa-se muito tempo com a família e dedica-se muita atenção a ela. As crianças crescem com avós ou outros parentes, enquanto os pais vivem e trabalham a milhares de quilómetros de distância.
 
O projecto digital "Family Affairs" (Questões familiares) contará como vivem hoje as famílias africanas e como poderá ser o futuro das famílias no século XXI. Para mais informações sobre o projeto em outras regiões, visite esta página em inglês ou alemão.

Nguami Maka e Slowfox
Fusão Músical Angolano-Alemã

O primeiro concerto no Palácio de Ferro
O concerto no Palácio de Ferro foi um sucesso completo | © Ivan Café Lopes

Jazz é improviso, mas não foi a fusão sonora com sabor de espontaneidade que aconteceu entre o trio de Jazz alemão Slowfox e o grupo de ritmo tradicional-ancestral angolano Nguami Maka. Entre os dias 20 e 26 de julho, a cidade da Kianda testemunhou uma aventura de ritmos e de intercâmbio cultural interessante que foi abraçada pelo Goethe-Institut Angola, resultando em quatro concertos, respectivamente Palácio de Ferro, Fábrica de Sabão, Miami Beach e Escola de Música Obra Bella.

Slowfox é uma formação de jazz dirigida pelo contrabaixista alemão Sebastian Gramss, aclamada como a melhor banda de jazz na edição de 2017 do Festival Jazzahead, um dos mais respeitados eventos músico-culturais na Alemanha. Completam o trio o austríaco Philip Zoubek no piano acústico e sintetizador e o neozelandês, descendente de escoceses, Hayden Chisholm no saxofone, gaita-defoles e demais instrumentos de sopro. Juntos fazem na perfeição um estilo lírico, uma espécie de “Melodic Avant-Garde”, de acordo com a nota de apresentação do Slowfox.

Nguami Maka é considerado como continuador do grupo Kituxi, a principal formação na divulgação da música de raiz angolana. Com presença em vários palcos internacionais, o grupo liderado por Jorge Mulumba, antes deste intercâmbio, participou no Festival Internacional da Lusofonia, em Macau. Nguami Maka foi fundado em 2002 e, em 2009, lançou o disco “Ngongo”.

Mudança de planos após o sucesso da estréia

O primeiro concerto do encontro musical das duas bandas aconteceu no dia 20 de julho no Palácio de Ferro, depois de apenas dois ensaios, os quais resultaram num entrosamento perfeito, provando mais uma vez que a linguagem da música é universal. Na primeira noite, “Dingongenu dia Tata” marcou um dos grandes momentos. Hayden Chisholm deixou o saxofone e entrou com a gaita-de-foles escocesa. Sebastian Gramss, o director artístico, no seu contrabaixo, mostrou que é um desbravador de ritmos e sons e que, tal como Jorge Mulumba, está aberto a outras viagens musicais. Gramss deixou para o final “Mira Mira” e “Kamosso”, temas que ficaram marcados com a combinação do hungu e do contrabaixo.

É de reforçar que, das quatro apresentações do Slowfox, apenas duas seriam com Nguami Maka. Depois de dois dias de ensaios, o efeito surpresa do concerto do Palácio de Ferro alterou os planos do Goethe. Fábrica de Sabão e Miami Beach também acolheram esta fusão sem confusão. Os dois grupos entraram nos estúdios da Rádio Vial, onde trabalharam em cinco músicas.

Juntos para Obra Bella

O ultimo concerto na escola de música Obra Bella teve um forte simbolismo, porque foi antecedida por três dias de contactos com os alunos da mesma, no Centro de Formação Profissional. Obra Bella é um projecto social que acolhe jovens provenientes dos quatro cantos de Luanda. Neste centro, os músicos alemães tiveram oportunidade de ensinar e partilhar com os estudantes noções de improvisação, compasso e melodia. Também estenderam parcerias com alguns talentos que estão emergir na escola. Aspectos ligados a improvisação, harmonias, arranjos e outros inerentes à música foram abordados, com paixão e entusiasmo pelos participantes.

Maria Regla, da Escola Obra Bela, foi a mentora da parceria, que começou em 2016. Vários artistas apoiados pelo Goethe-Institut fazem workshops com o centro e junto de parceiros intercedem para apoios.

O intercâmbio foi tão profundo e tocou os alemães, que nem esperaram as enfermidades do quotidiano dos angolanos, Philip Zoubek, pianista, esteve indisponível, por baixa médica. Nos concertos anteriores, Philip brindou com boa improvisação, mas a sua ausência foi colmatada com uma noite inspiradíssima de Fernando Francisco, na Ngoma solo, bem correspondido pelo colega Romeu, ngoma baixo, e uma maior margem para que Hayden Chisholm no saxofone que, não apenas improvisou, mas demonstrou ser a personificação da alma do projecto.

Jorge Mulumba, na maioria dos temas, optou pela puíta, instrumento relegado ao esquecimento nos tempos actuais. Cantou e teve a cumplicidade do hungu e da lata. O suporte de Pascoal Caminha marcando no dikindu e o de João Eliseu encorajavam Sebastian Gramss, no contrabaixo, demonstrando ser apaixonado por fusões rítmicas e sonoras.

Cena Musical Angolana

Gramss, principal responsável deste encontro musical, fez um balanço positivo da iniciativa e espera levar o projecto até a Alemanha. Apesar da timidez e da insegurança que os artistas demonstraram nos primeiros ensaios, conseguiu, a par de Jorge Mulumba, fazer arranjos que surpreenderão tanto os conservadores quanto os inovadores musicais. Os alemães experimentaram outros sons, como ficou provado numa animada jamsession com Ndaka Yo Wiñi e jovens artistas gospel.

Gabriele Stiller-Kern, directora do Goethe Institut, falando do encontro musical entre o Trio de Jazz Slowfox e o grupo NguamiMaka, revelou o seguinte: “No ano passado, o Goethe-Institut convidou Sebastian Gramss, líder da premiada banda Slowfox, para realizar uma pesquisa sobre a cena musical em Angola. Sebastian conheceu mais do que 60 artistas, e foi no pátio do Palácio de Ferro que ouviu a música dos Nguami Maka pela primeira vez.”

“Naquele dia Nguami Maka apresentou a sua música a um grupo de alunos para conhecer a música tradicional de Angola e Sebastian entendeu, que não é comum encontrar uma banda dedicada aos ritmos tradicionais da música angolana em Luanda. Entusiasmado pela beleza e pela força da música dos Nguami Maka, Sebastian percebeu que era com eles que ele queria experimentar novas aventuras musicais. De regresso à Alemanha, Sebastian mostrou as gravações trazidas de Luanda aos colegas do Slowfox e começou a preparar a colaboração com os Nguami Maka. Estas gravações mostram que os artistas não actuavam às cegas.”

Entusiasmada com o resultado, Gabriele reconheceu que, com o Nguami Maka, o Trio Slowox encontrou o seu parceiro ideal, afirmando que os músicos estão abertos a culturas diferentes, com orientação percussionista e uma postura experimentalista, que casou na perfeição com a vontade do Trio Slowfox de entrar na música angolana. Finalizou reiterando o desejo de conseguir dar continuidade a este dialogo intercultural e atribuir-lhe um nível artístico mais elevado, já no próximo ano na Alemanha.

Projeto de teatro
"A vida é sonho"

"A vida é sonho" no palco
A energia do conjunto germano-angolano era claramente visível no palco | © Patryk Witt

Já desde 2016 o ​​Goethe-Institut Angola apoia a cooperação entre o centro de animação artística ANIM'ART no Cazenga (Luanda) e o teatro juvenil JUGENDTHEATERWERKSTATT SPANDAU (Berlim). No mês passado, 10 jovens actores de Luanda puseram-se a caminho de Berlim para representar – juntamente com os alemães – o drama A VIDA É SONHO / DAS LEBEN IST EIN TRAUM de Pedro Calderón de la Barca no festival VERLORENE ILLUSIONEN (Ilusões perdidas).

Perguntamos á Julia Schreiner da JUGENDTHEATERWERKSTATT SPANDAU como correu o projeto conjunto em Berlim.


Goethe-Institut: Porque escolheram a peça em questão para a vossa produção teatral?

Julia Schreiner: A peça A VIDA É SONHO fala da questão se a nova geração é educada para o poder e encorajada o mesmo, ou se a desconfiança da velha geração prevalece. Como posso influenciar a minha sociedade? Como posso escapar das profecias dos meus antepassados? Como os contextos internacionais funcionam? O que seria um mundo justo? Como será o mundo daqui a 20 anos?

O drama estreou em 1635 com exatamente essas questões. As questões do seu próprio destino e da liberdade da próxima geração A questão do próprio destino e a liberdade de concepção da próxima geração jovem são levantadas; as questões essenciais e globais, sobre as possibilidades e os limites duma geração jovem são descritos de maneira impressionante. O ANIM'ART e a JUGENDTHEATERWERKSTATT SPANDAU queriam usar este texto como material de referência para o trabalho comum e comparar experiências, desejos e possibilidades para trocar ideias sobre o texto.


Goethe-Institut: E como correu?

Julia Schreiner: Numa primeira fase, trabalhamos e ensaiamos a peça tanto em Luanda como em Berlim – ambos os grupos separadamente. Uma semana antes da estreia, os dois grupos reuniram-se em Berlim e as interpretações foram unidas de acordo com a dramaturgia da peça. Foi uma semana intensa e muito frutífera: as diferentes referências e formas de actuar eram claramente visíveis – foi muito emocionante!


Goethe-Institut: Como foi o clima entre os jovens artistas – como lidaram com a barreira da língua?

Julia Schreiner: Porque eles já conheciam bem a peça, os jovens artistas puderam se comunicar muito bem com gestos, ritmos e performances cênicas no palco. Fora do palco, os adolescentes conversaram com tradutores do google mas também com gestos e mímicas! O clima era ótimo desde o começo e, mesmo antes da estréia, os jovens haviam crescido juntos em um grupo único.


Goethe-Institut: Esse não é o primeiro projeto conjunto, como se conheceram?

Julia Schreiner: Encontramo-nos duas vezes em 2017 - uma vez em Luanda para uma residência da JUGENDTHEATERWERKSTATT SPANDAU e uma vez o Goethe-Institut Angola convidou o Orlando Domingos e a Felismina Sebastião do ANIM'ART a Berlim para o AUGENBLICK-MAL-FESTIVAL. Então conhecíamos o trabalho de ambos muito bem quando começamos a trabalhar juntos no ano passado. A VIDA É SONHO é o nosso primeiro projecto e esperamos que seja uma troca contínua, o que é importante para ambos grupos.


Goethe-Institut: Como encontram novos actores para os projetos?

Julia Schreiner: À mais de 20 anos o nosso director Carlos Manuel trabalha regularmente na JUGENDTHEATERWERKSTATT SPANDAU. Assim, formou-se um grande conjunto de pessoas diferentes, que sempre gosta de fazer teatro profissional. Pois, sempre espalha-se quando estamos a planejar um novo grande projeto. Mas, devido ao projecto conjunto de Setembro – pela primeira vez – tivemos que fazer uma escolha - devido aos regulamentos do Ministério Alemão para a Cooperação e o Desenvolvimento.


Goethe-Institut: Como vai continuar a cooperação?

Julia Schreiner: Esperamos por mais procjetos conjuntos. Os nossos dois teatros são muito semelhantes, apesar das diferenças – o Orlando Domingos disse na Embaixada de Angola em Berlim que nós nos esforçamos para uma cooperação de 10 anos. Isso seria fantástico, claro! Nós gostaríamos de continuar já em 2019: A reunião do grupo alemão-angolano em Luanda está prevista para o final de Janeiro, início de Fevereiro; Então temos que escrever os pedidos de financiamento!
 

ANIM'ART e a JUGENDTHEATERWERKSTATT SPANDAU

o centro de animação artística ANIM'ART e o teatro juvenil JUGENDTHEATERWERKSTATT SPANDAU (Oficina de teatro juvenil de Spandau) estão envolvidos nas suas comunidades locais. Além disso, as duas iniciativas situam-se num distrito suburbano precário; são instituições jovens nas periferias de grandes cidades em focos sociais: tanto o Cazenga como Spandau estão entre os bairros "mais pobres" de Luanda e Berlim respectivamente. Ambas as iniciativas trabalham profissionalmente com jovens leigos e oferecem aulas de teatro para crianças.

Tantas coisas em comum são as estructuras no Cazenga e em Spandau, tão diferentes são os países em que eles estão domiciliados. No entanto, há uma questão urgente em ambos os lugares sobre a influência política da geração mais jovem, bem como assegurar a paz (social e internacional) nas sociedades inclusivas e a urgência do desenvolvimento sustentável em todo o mundo.