Abertura do Festival

Caro Público, 
Caros Parceiros, 
Caros Artistas,
em 2009, após meses de trabalho conjunto entre a Alemanha e Angola, abriu o primeiro espaço do Goethe-Institut na África Lusófona, uma decisão acertada dos dois países, a que o futuro veio dar razão!

No dia 15 de Junho de 2009, fruto de um Acordo de Cooperação no Domínio da Cultura, Educação e Ciência assinado entre os dois países, estava assim formalizada oficialmente a abertura do Instituto, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado da Alemanha, Sr. Peter Ammon, Presidente do Goethe-Institut, Sr. Klaus-Dieter Lehmann e do Vice-Ministro da Cultura de Angola, Sr. Luís Kandjimbo.

Sob a liderança de, até agora, cinco diretores, o Goethe-Institut tem conseguido, ao longo dos 15 anos da sua existência, estabelecer uma rede de contactos com o movimento cultural angolano e promover o intercâmbio internacional entre Angola, Alemanha e o mundo. Este intercâmbio, que se baseia na promoção de projectos locais e colaborações entre artistas angolanos e alemães, está no centro do nosso trabalho cultural. Além disso, questionamos constantemente sobre temas contemporâneos, necessidades e possíveis falhas – questões que podem elevar a novos horizontes na arte. Estamos sempre à procura de novos talentos e posições, de ideias, nos subúrbios e nas províncias.  

Além da cultura, desde o início que também ensinamos a língua alemã. Há um número surpreendente de angolanos, que estudaram e trabalharam na Alemanha e que falam muito bem alemão. Por isso, o Goethe-Institut sempre teve como objectivo ensinar alemão em Luanda (uma língua talvez não muito fácil, mas muito bonita). Acima de tudo, as competências linguísticas contribuem para a compreensão e maior intercâmbio entre os cidadãos. É com este entendimento que hoje celebramos a nossa presença de 15 anos em Angola, com o festival EINSTÜRZENDE NEUBAUTEN / O FUTURO JÁ ERA, uma “farra” que junta artistas de Angola, da Alemanha e do mundo. Um festival com uma fungisa de cinema, de teatro, de dança, de música, mas também de muitos debates, oficinas criativas e, claro, um grande boda. A ideia, o local e título do festival têm a sua origem nos nossos projectos anteriores. Nos seus 15 anos de existência, o Goethe-Institut abordou a arquitectura única do modernismo tropical e o urbanismo da cidade em numerosos projectos. Também já promoveu vários projectos sobre o futuro - e até já publicou um calendário para o ano 2075, entre outros.

Com este festival, queremos analisar a substância arquitectónica de Luanda: Que visões arquitetónicas existem depois do estilo colonial português, do modernismo tropical e dos arranha-céus do boom do petróleo, que chegou bruscamente ao fim.

Será que o futuro já era?

O nosso aniversário dá-nos a oportunidade de combinar os temas arquitectura e futuro e de nos questionarmos sobre nós próprios, face ao património cultural único do país - Cine São Paulo. Em Setembro, uma parte da fungisa viaja até Berlim, onde o festival terá uma extensão na Zitadelle Spandau com a abertura de uma exposição a 20 de Setembro, que ficará em cartaz até Janeiro de 2025.
O festival não será, portanto, o fim do futuro, mas sim uma oportunidade de intercâmbio internacional, debate e cultura. Estamos extremamente satisfeitos por, durante um período de seis semanas, podermos acordar o Cine São Paulo do seu sono, e aguardamos com expectativa um programa muito variado que, esperamos, nos permita, a par do entretenimento, realizar muitos encontros onde possamos trocar ideias convosco, o público.
Vamos celebrar juntos a arte, a arquitectura, a história, o diálogo e a vida. 
Sejam bem-vindos!
Julia Schreiner e a equipe do Goethe-Institut Angola.

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