vinho+Bier

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Por todo o mundo se produzem muitas e boas cervejas, mas não será incorrecto considerar a Alemanha como a grande pátria daquela bebida produzida a partir de água, malte e lúpulo. No país de Goethe, embora também seja produzida uma quantidade apreciável de vinho, é a cerveja quem mais ordena: existem mais de cinco mil marcas diferentes de "Bier" (a palavra alemã para esta bebida), o que significa que, se o senhor Müller quisesse provar uma marca diferente por dia, necessitaria de mais de 13 anos para chegar ao fim da lista. Na Alemanha existem mais de 1200 fábricas de cerveja, o que constitui cerca de um terço das fábricas existentes no mundo. Praticamente não há cidade, por mais pequena que seja, que não disponha da sua fábrica e marca de cerveja próprias. Tipos de cerveja existem muitos, sendo talvez o mais famoso a Weizenbier (ou Weißbier), produzida com malte de trigo, malte de cevada, lúpulo e levedura. Cada alemão consome, em média, cerca de 109 litros de cerveja por ano (dados de 2009). A nível europeu apenas os checos fazem melhor (159 litros por pessoa). Em Portugal também se produz e consome bastante cerveja. No entanto, no ranking europeu, o nosso país não vai além de um modesto 19.º lugar em termos de consumo, com 59 litros anuais por pessoa (dados igualmente de 2009). Não significa isto que os portugueses não apreciem uma boa bebida alcoólica para acompanhar as refeições ou, simplesmente, para saborear em qualquer ocasião social.

No entanto, em Portugal, esse papel é desempenhado normalmente não pela cerveja, mas sim pelo vinho. No nosso país existem cinco grandes tipos de vinho: tintos, brancos, rosés, espumantes e fortificados. As diferenças dependem de vários factores, como os tipos de uvas utilizados, as misturas ou a fermentação. Mais aptos para serem bebidos à sobremesa do que durante as refeições, são, curiosamente, os vinhos fortificados que mais prestigiam internacionalmente o nome de Portugal. Encontram-se nesta categoria os famosíssimos Vinho do Porto e Vinho da Madeira. Uma coisa é certa: seja para acompanhar um suculento naco de carne, uma saborosa posta de peixe ou uma deliciosa sobremesa, não faltam ao senhor Silva opções vinícolas à altura da ocasião. E, em ocasiões mais festivas, até pode misturar os dois néctares. Mas, se o fizer, se calhar o melhor é respeitar o velho ditado alemão: "Bier nach Wein, das lass’ sein! Wein nach Bier, das rat’ ich dir!" O mesmo é dizer, vinho depois da cerveja, tudo bem, cerveja depois do vinho, não convém.

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