Filme e conversa Dia Internacional contra a homo-, trans- e bifobia

Mostra uma pessoa Imagem: © Ukbar Filmes

17.05.2024, 19h00

Goethe-Institut Lisboa

Filme e conversa com Gê Escobar, Gabi Gomes e Afrontosas

O Coletivo Afrontosas em parceria com o Goethe-Institut e a Ukbar Filmes convidam para a sessão de cinema com o filme “Paloma - Quando casar é um sonho impossível”, seguido de uma conversa com Gê Escobar e Gabi Gomes (Casa T) para celebrar o Dia Internacional Contra a Homofobia, a Transfobia e a Bifobia. Haverá também um pequena beberete para um encontro descontraído. 

Convidamos todas as pessoas que acreditam numa sociedade mais justa e igualitária a estarem connosco neste evento, que se junta a tantos outros, para refletir e conversar sobre os direitos de existir com cidadania plena, na sociedade, de uma população tão excluída e marginalizada.
 

Sobre o filme

Paloma – Quando casar é um sonho impossível

Drama | 104 min | Brasil/ Portugal | Português | 2022 | Realizador: Marcelo Gomes

A pernambucana Paloma uma agricultora de mamão, negra, nordestina, analfabeta e transexual, está satisfeita com a simplicidade da sua vida ao lado de Jenifer, a filha, e de Zé, o namorado. Mas, para se sentir completamente feliz falta-lhe realizar um grande sonho: casar-se pela igreja e ver o seu amor abençoado por Deus.  

Para isso, Paloma foi juntando dinheiro para o vestido e para a grande boda que idealizou ainda em criança. Mas quando chega o momento de marcar a data da cerimônia religiosa, ela esbarra com o preconceito da Igreja em relação à sua transexualidade.  

A negação do padre e a exposição que sofreu a obrigará a enfrentar a sociedade rural em que vive. Ela sofre violência, traição, preconceito e injustiça, mas nada abalará sua fé.

Produzida pela Carnaval Filmes, sediada em Pernambuco, em parceria com a portuguesa Ukbar Filmes, este drama realizado por brasileiro Marcelo Gomes (“Cinema, Aspirinas e Urubus”, “Estou Me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”) inspira-se num caso real, transposto agora para cinema por Gomes em colaboração com Gustavo Campos e com Armando Praça (realizador de “Greta” e “Fortaleza Hotel”).  

A dar vida à protagonista está a actriz trans Kika Sena, que contracena com Ridson Reis, Suzy Lopes, Samya de Lavor, Nash Laila e Anita de Souza Macedo. 

Gabby Oliveira é uma mulher trans brasileira migrante e diretora do primeiro Centro de Acolhimento, Socialização e Autonomização Transvestigenere (CASA T) em Lisboa. Com a CASA T, participou no Talk do Festival Ano 0, a segunda edição do festival organizado pela Rádio Quântica, que aconteceu pela primeira vez em 2019 e foi anunciado como “o primeiro festival nacional focado na cena eletrónica vanguardista numa perspetiva queer e comunitária”. Colaborou também nas gravações do álbum áudio visual “EPI Travesti” da cantora e multiartista Puta da Silva, e trabalhou ao lado de Ana Rocha como dramaturga e consultora na produção do espetáculo de Xavier de Sousa. Trabalhou também no departamento de interpretação da longa-metragem “Um Caroço de Abacate” de Ary Zara, que estreou nos cinemas em 2022. Gabby Oliveira é tutora do campo de formação de aliados do Coletivo Stenar Projects. Desenvolve atualmente num centro de base comunitária o trabalho de técnica comunitária de saúde com o Grupo Ativistas em Tratamentos (GAT) no bairro Intendente em Lisboa.

Geanine Escobar aka Gê é pesquisadora e ativista cultural. Atualmente investiga estratégias de justiça social através dos usos artístico-políticos, dos arquivos digitais, dos mapas culturais e de contra-narrativas decoloniais como possíveis ferramentas teórico/práticas de reivindicação dos direitos da população negra, afrodescendente, imigrante e LGBTQIA+. Tem como foco a problematização das discriminações interseccional, em particular a estreita ligação entre racismo, lesbofobia, xenofobia e branquitude nos espaços museológicos e nas pesquisas académicas em Portugal. Neste contexto, Gê é membro investigadora do projeto “Corpos Geradores: da agressão à insurgência. Contributos para uma pedagogia decolonial” (2023-2026) e coordenadora do grupo de estudos ‘Sociomuseologia e Interseccionalidade: Género, Raça e Classe’ (Somus-Interseccional) no âmbito da Cátedra UNESCO Educação, Cidadania e Diversidade Cultural.

 

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