A celebração dos 200 anos de Karl Marx, no dia 5 de maio de 2018, é razão para se questionar, em todo o mundo, o legado do filósofo e teórico alemão no que diz respeito à relevância e à força de seus textos no tempo presente. As teses de Marx desencadeiam até hoje uma polarização. Se, para alguns, elas continuam sendo consideradas análises válidas da economia e da sociedade, para outros elas mantêm apenas um valor histórico.
Há ainda quem enxergue, na herança de Marx, textos perigosos, que deveriam ser banidos e não poderiam ser desvinculados das apropriações ideológicas dos mesmos ocorridas nos séculos 19, 20 e 21. Em um tipo de leitura, que tem como referência os debates atuais a respeito do capitalismo e do neoliberalismo, fica em primeiro plano a força analítica das teorias de Marx. Em outro tipo de leitura, domina a história de violência do comunismo.A Revista Humboldt, em sua edição dedicada a Karl Marx, reflete essas amplas e muitas vezes contraditórias leituras do filósofo na América do Sul e na Alemanha. Em ensaios, entrevistas ou obras de arte, autoras e autores refletem sobre onde e como Marx continua presente nos países da América do Sul e na Alemanha – seja no discurso, no pensamento, na filosofia, nas artes, na ciência ou na teologia.
As publicações seguem até setembro de 2018. Em outubro de 2018, a Revista Humboldt terá uma nova edição temática.