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Visual 15a Edição Seminário Internacional Biblioteca Viva 2024 (c) Siseb

3ª, 10.09.2024

10:00 - 11:30 UTC

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As bibliotecas no tempo da IA: Panorama França e Alemanha

Duas palestras de impulso com conversa em seguida entre Frank Seeliger (Alemanha) e Philippe Colomb (França) e mediada por Valéria Valls (FESPSP e CFB) sobre o panorama do uso de ferramentas da inteligência artificial nas bibliotecas na Alemanha e na França.

Frank Seeliger: Bibliotecas e a inteligência artificial na Alemanha - uma breve reflexão

Desde que o ChatGTP foi disponibilizado ao público, o tema da inteligência artificial ganhou novo impulso e visibilidade na Alemanha. As bibliotecas também estão se envolvendo cada vez mais com o tema, embora as bibliotecas acadêmicas estejam mais preocupadas em integrar a inteligência artificial aos aplicativos e processos de trabalho existentes, enquanto as bibliotecas públicas (ainda) se concentram em transmitir conhecimento sobre o tema em si, visando à alfabetização midiática. Em seu discurso de abertura, Frank Seeliger apresenta uma breve visão geral da situação atual na Alemanha e oferece abordagens para reflexão futura.

Frank Seeliger é bibliotecário acadêmico, pós-graduado em Biblioteconomia pela Universidade Humboldt em Berlim, formado em Engenharia Elétrica em Leipzig, Mestre e Doutor em Antropologia Cultural na Universidade de Ulm. Obteve estudos da América Antiga e Geografia em Bonn. Desde 2006, ele dirige a Biblioteca da Universidade de Wildau, homenageada como a Biblioteca do Ano da Alemanha em 2012. Ele é responsável pela introdução do programa de mestrado em Informática para Bibliotecas e dirige o Conselho de Curadores da Rede Cooperativa de Bibliotecas de Berlim e Brandemburgo, a Kooperative Bibliotheksverbund Berlin-Brandenburg (KOBV).

Philippe Colomb: Que ética profissional deve ser aplicada em face da IA?

A disponibilidade de poderosas ferramentas de inteligência artificial para o público em geral representa um novo desafio para todos os profissionais da informação. Muitos dos conceitos que estão no centro do trabalho das bibliotecas como mediadoras de informações estão sendo abalados por essas novas ferramentas: identificação de fontes e autores, responsabilidade intelectual, verificação cruzada de informações e combate à parcialidade etc. Diante dessas ferramentas "mágicas", como os bibliotecários podem continuar a defender um certo rigor na busca de informações? Que trabalho de conscientização e explicação precisamos fazer com nossos públicos para evitar que eles "alucinem", como as IAs podem fazer, e caiam nas armadilhas da desinformação? Como podemos promover o uso razoável, social e ambientalmente sustentável do extraordinário poder da IA?

Philippe Colomb é bibliotecário há mais de 20 anos, e trabalhou principalmente em bibliotecas públicas. Fortemente engajado em associações profissionais, ele defende uma concepção aberta, inclusiva e socialmente responsável da profissão de bibliotecário. Ele é um membro ativo do comitê para a liberdade de expressão e da liberdade de acesso à informação (FAIFE) do IFLA. Ele é o co-fundador de Légothèque, a comissão de luta contra as discriminações da Associação francesa dos bibliotecários (AbF) e de INSULIB, a seção sobre desenvolvimento sustentável do IFLA. Ele é presidente do Comitê francês internacional de bibliotecas e documentação (CfiBD) que apoia a participação dos bibliotecários francofonos em organizações internacionais. Membro do comitê de redação da revista "Bibliothèque(s)" ele acompanha de perto as evoluções das profissões da informação. Desde setembro de 2023, ele é membro do escritório francófono d'AI4LAM, a plataforma de intercâmbio e de trocas sobre inteligência artificial dos profissionais das bibliotecas, arquivos e museus.

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