Nenhuma peça de vestuário é tão associada à Alemanha como a "Lederhose", uns calções de cabedal que incluem, na maior parte das suas versões, uns suspensórios bastante característicos. E, no entanto, as "Lederhosen" apenas fazem parte da cultura e da tradição de uma parte daquele país, nomeadamente da Baviera (e também da Áustria). Estes calções de couro são um vestuário alpino por excelência. Existem versões mais curtas e outras mais compridas, umas acima e outras abaixo do joelho. Os tipos de "Lederhosen" variam de localidade para localidade e por vezes o seu formato permite reconhecer a origem de quem as veste. O exemplo mais famoso de utilização das "Lederhosen" como traje festivo dos homens é o da Oktoberfest de Munique. No resto da Alemanha, no entanto, as "Lederhosen" não só são pouco utilizadas como até são motivo de algum escárnio. Se o senhor Müller, por acaso, for adepto do clube mais famoso do país, o Bayern Munique, raro será o jogo em que não terá de ouvir das claques adversárias um cântico pouco simpático: "zieht den Bayern die Lederhosen aus", qualquer coisa como "tirem as ‘Lederhosen’ aos bávaros".
Um problema deste tipo, à partida, não fará parte das preocupações do senhor Silva. E muito menos da sua mulher!. É que em Portugal, a existir um traje que seja uma imagem do nosso país no estrangeiro, esse será o biquíni. As inúmeras praias e o clima convidativo fazem desta peça de vestuário um item obrigatório na bagagem de qualquer mulher portuguesa ou de qualquer turista estrangeira que nos visite nos meses mais quentes. Longe vão os tempos em que o biquíni causava escândalo, por mostrar mais do corpo humano do que o que era permitido. Até 1946, ano em que foi apresentado o biquíni (cujo nome se inspira em Bikini, um atol no Oceano Pacífico onde os EUA realizaram testes nucleares), os veraneantes utilizavam fatos de banho que cobriam quase todo o corpo. Algo impensável hoje em dia.
Expresso: O bikini caiu que nem uma bomba atómica há 65 anos
Das Lederhosenmuseum