Nascido em Santiago do Chile, Gaspar é fotógrafo profissional com mestrado em pesquisa e criação fotográfica pela Universidade Finis Terrae. Seus trabalhos autorais têm se desenvolvido em torno do estudo e da análise de territórios, com especial atenção às paisagens alteradas pelo ser humano. A partir desse campo, ele analisa as distintas realidades sociais, políticas e geográficas de lugares que vêm sofrendo graves transformações resultantes da intervenção indiscriminada do ser humano.
Seu projeto À sombra das Alfarrobeiras ficou em primeiro lugar no 42º Salão Nacional de Fotojornalismo do Chile (2021). Para realizar obras de destaque relacionadas à pesquisa territorial, recebeu quatro bolsas artísticas FONDART. Intgrante dos "Jovens Emergentes 2014", seu trabalho apareceu em diversas revistas de fotografia no Chile e em outros países da América do Sul. Dentro do país, participou de exposições coletivas e individuais no Centro Cultural Palácio La Moneda, na Pinacoteca de Concepción, no Centro Cultural Estação Mapocho, na Galeria Terra do Fogo de Punta Arenas, na Galeria Chela Lira de Antofagasta e no Parque Cultural de Valparaíso.
Internacionalmente, foi convidado para o encontro visual e antropológico ALA 2020, em Montevidéu, Uruguai; para a Feira EQUINOX no Brasil (2021), para o Festival PhotoPatagonia, Rio Gallegos (2016 e 2018) e para o Infoto 2020, em Buenos Aires, Argentina. Em 2023, os prêmios PoyLatam destacaram sua publicação dupla À Sombra das Alfarrobeiras / Quando Quillagua era Quillagua entre os seis melhores fotolivros latino-americanos do ano.
Atualmente, Gaspar atua como docente na Universidade de Talca, é coordenador do Laboratório de Imagem e Memória da Universidade Andrés Bello, bem como editor e responsável pelas impressões na renomada oficina Gronefot Fine Art, onde faz gerenciamento de cores, digitalização, restauração e preparação de arquivos fotográficos para instituições, museus e para fotógrafos de renome nacional e internacional tais como Xavier Rivas, Tomás Munita, Matías Recart, Paz Errázuriz, Fabián España, Roger Ballen, Luis Sergio, Tamara Merino, Marcelo Montecinos etc.
Foi produtor e responsável pelas impressões das exposições "O Tráfico da Terra", "Víctor Jara: Dois Olhares" e dos projetos Fondart "Chile de Dentro para Fora", "Concepción de Mercado", "Pu Mapuche", "Plebiscito no Chile, 1988”, de Álvaro Hoppe, e “Golpes, 1973”. Participou também de processos de digitalização e restauração de importantes documentos nacionais para museus, para o projeto Fotolivro Chileno Século XX, para o arquivo pessoal de Paz Errázuriz e para a coleção do conhecido pintor Juan Dávila. Foi membro da mesa diretora da equipe de campanha que levou Paz Errázuriz a vencer o Prêmio Nacional de Arte 2017.