David Paredes
Rapper, gestor cultural e documentarista de Buenaventura. Sua obra artística permite falar sobre Buenaventura e o Pacífico colombiano a
partir de uma visão própria, comprometida com a realidade política e social. Seu trabalho caracteriza-se pela busca de estéticas que humanizam tanto o indivíduo quanto o coletivo de sua região, longe da exotização e da estereotipização deliberada dos corpos negros e suas realidades. Entre seus projetos mais importantes estão o documentário Tribugá, El Pastor, menção especial no Festival FICUNAM (México), Madre Nuestra y Postales del Futuro, cuja estreia se deu na Documenta 15 de Kassel, na Alemanha.
partir de uma visão própria, comprometida com a realidade política e social. Seu trabalho caracteriza-se pela busca de estéticas que humanizam tanto o indivíduo quanto o coletivo de sua região, longe da exotização e da estereotipização deliberada dos corpos negros e suas realidades. Entre seus projetos mais importantes estão o documentário Tribugá, El Pastor, menção especial no Festival FICUNAM (México), Madre Nuestra y Postales del Futuro, cuja estreia se deu na Documenta 15 de Kassel, na Alemanha.
Como a água
É uma conversa intergeracional que desemboca na identidade do povo bonaverense e continua seu fluxo na busca de novas formas de se identificar, como povo negro, como povo das águas. É um lugar cuja comunidade se mantém graças ao movimento constante, como a água que flui sem parar, que abre caminho e continua seu fluxo diante das políticas de desapropriação e da "boa fé" neoliberal que corrompe tudo, que privatiza tudo.
Nós, a água. A água, nós. Um passeio por quatro décadas, desde a história do aqueduto, a migração e a ruptura da identidade coletiva. A água é uma cola", diz Narcilo Rosero, esse elemento colante de uma identidade quebrada, como uma ponte e um caminho, como uma bússola que, sem se importar com o norte, nos mantém no sul. Em Buenaventura e nas muitas Buenaventuras que existem fora daqui.