Génova Alvarado

Génova Alvarado Foto: © Génova Alvarado Artista venezuelana, radicada no Brasil há cinco anos. Graduada en Artes pela Universidade Nacional Experimental de Artes (Mídias Mistas), em Caracas, Venezuela (2018). Pós-graduada em gestão e políticas culturais (2020) pela Universidade de Girona e pelo Instituto Cultural Itaú de São Paulo

Seu trabalho pessoal como artista evidencia a exploração de diversos materiais, objetos e mídias plásticas, através dos quais ela procura estabelecer relações entre natureza, identidade, memória, corpo-território, vida cotidiana e migração.

Génova Alvarado busca se aproximar do social a partir de uma perspectiva decolonial e orgânica – como mulher, mãe e artista, abordando diversas linguagens, nas quais predominam a arte performática, a pintura corporal, o vídeo, a fotografia, a instalação, a poesia e, entre essas buscas, a cerâmica artística, conceitual e utilitária. Atualmente, ela envolve em seu trabalho o papel vulnerável, violento e, ao mesmo tempo, vitorioso da mulher nos trânsitos migratórios. Nesse sentido, ressignifica o valor ancestral e universal da arte como forma de manifestação da autonomia criativa e relacional nas esferas política, social e cultural contemporâneas.

@genovavzla / @canto.daonca

Terrapoeisis

Terrapoeisis

Lectura poética performativa, ofrenda de versos al mar de Paraty y al mar de allá desde este porto-encruzilhada

A obra entrelaça a história, a resistência e a identidade em trânsito da artista em um exercício poético e decolonial. Consiste em 33 versos 'mal escritos' em placas de argila terracota, redigidos em português, espanhol, charrúa e outras línguas indígenas, como um ato de resistência linguística que busca expressar uma identidade em movimento, fragmentada e em construção. Estes versos foram co-criados com a artista indígena Bruna Charrúa, residente em Porto Alegre.

Terrapoesis Esta poesia será oferecida ao Atlântico por meio de uma leitura performativa, entendida como um gesto simbólico de amor e reparação às memórias dos povos originários dessa terra, sua resistência afro-pindarámica, e a luta persistente dos povos negros e indígenas que ainda residem ali, reafirmando-se na reivindicação de sua história e cultura afro-brasileira, diaspórica e indígena.